Em pronunciamento feito no pequeno expediente da sessão de hoje, dia 17, o líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), lembrou que há um ano fez uma denúncia na tribuna do Parlamento sobre um caso de tortura ocorrido no município de São Domingos pelo sargento Petrúcio. Ele disse que tem certeza que esse tipo de comportmento envergonha a Polícia Militar de Sergipe. Segundo o parlamentar, o militar amarrou um jovem de 28 anos, conhecido como “Esquerdinha”, em praça pública, algemando-o a uma árvore, onde o torturou na frente de 200 pessoas que assistiam a um jogo de futebol.
O deputado disse que na oportunidade solicitou na tribuna da Assembleia que fossem tomadas providências pelas autoridades de segurança pública e o sargento foi afastado do município. No entanto, Venâncio Fonseca disse que tomou conhecimento através do boletim geral que ele retornou para o comando da delegacia do município. “Isso é uma vergonha. É uma falta de respeito ao ser humano, à população e aos direitos humanos”, declarou.
Para Venâncio Fonseca, o retorno do sargento Petrúcio vai causar um clima de terror no município de São Domingos, deixando a população temerosa. O parlamentar lembrou que na época da denúncia ele levou o caso à seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB/SE) e à Secretaria de Segurança Pública (SSP). Ele disse que por conta da notícia de retorno do militar vai voltar a fazer o mesmo percurso..
“Vamos saber da segurança pública e do governo Marcelo Deda o porquê disso. Não é possível que o governador tenha conhecimento desse retorno. Queremos saber se o torturador no governo do PT é premiado. Torturador covarde, porque é assim quem algema um jovem em praça pública, numa árvore e tortura. Isso é fruto da impunidade, infelizmente”, afirmou. Venâncio Fonseca disse que imaginou que o problema já estivesse sanado. “Mas não. Ele foi premiado pela tortura que praticou”, disse.
O deputado progressista disse que diante dessa situação irá percorrer o mesmo caminho que trilhou há um ano quando apresentou a denúncia de tortura. “Iremos à SSP, ao gabinete do comando da Polícia Militar, à OAB e até, se preciso for, à Comissão de Direitos Humanos em Brasília, na condição de presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Sergipe. O que não podemos é aceitar fatos desta natureza”, afirmou.
Para Venâncio Fonseca, esse militar, ao invés de ser punido, não pode ser premiado. “No governo do PT isso não é possível. O governador Marcelo Déda, que sempre defendeu os direitos humanos, tenho certeza que não tem conhecimento disso. Na hora que chegar ao conhecimento dele ele não irá concordar com atos dessa natureza”, concluiu.
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