16 maio 2013

Proinveste: nunca R$ 400 milhões público deu para tanto.

Na guerra entre oposição e situação, dessa vez foi o cidadão quem levou a melhor. 
 
Em toda a história da política sergipana, nunca uma guerra entre oposição e situação foi tão importante. O empréstimo do Proinveste, que começou como uma grande disputa entre situação e oposição, terminou em uma ótima divisão de um bolo que poderia ter sido comido por uma única boca, ou até devorado por muitas.
Tudo começou com a divisão da situação, quando o Senador Eduardo Amorim rompeu com o governador Marcelo Déda e se posicionou como pilar da oposição no estado. Esse rompimento deu início a uma grande luta nas eleições de 2012 e vislumbra outra sequência para 2014. Porém, o ápice foi alcançado quando o governo solicitou um empréstimo de R$ 700 milhões para refinanciar uma dívida e executar outras obras. Nesse momento da história, uma grande movimentação da oposição gerou um debate estadual que viabilizava um entendimento para dividir melhor a distribuição das obras.
Desacostumados, os governistas acreditavam que aprovariam do seu modo, mas a oposição firme e forte conseguiu consolidar uma derrota governista na Assembleia Legislativa, algo quase inédito, pela forma como foi conduzido, mas restava uma única dúvida: isso seria um bloqueio ou verdadeiramente um debate para ampliar a rede de investimentos.
Semanas depois, o governo abre o debate, coloca as cartas na mesa e a barba de molho, mas abre para rediscutir de que forma seria investido e amarrar isso no projeto, garantindo assim que o dinheiro não fosse canalizado para futuras campanhas, ou investido somente onde a base aliada estivesse instalada.
Quem ganhou, pela primeira vez na minha vida pública, vejo como uma vitória da população. A divisão desse bolo não foi unilateral, muito menos tendenciosa. Cabe agora ao cidadão fiscalizar cada obra e seus custos, assim como foi feito na Assembleia Legislativa, e denunciar aos meios de comunicação ou aos órgãos cabíveis possíveis irregularidades, para que essas obras saiam mesmo do papel e se tornem realidade, até porque nós vamos pagar por 20 anos, com os nossos impostos, parcelas desse empréstimo.

Da redação, Jamyson Machado.
http://www.itnet.com.br/materia-20766

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